A resposta depende da finalidade do arredondamento. Uma coisa é certa: como subcontratado, você precisa seguir as especificações do desenho. Em geral, elas são difíceis ou impossíveis de negociar. Uma vez anotada no desenho de produção, a especificação do arredondamento tem uma influência considerável sobre os custos do componente. Portanto, é muito importante - seja para produção interna ou subcontratação - escolher o arredondamento com um senso de proporção. O mínimo possível e o máximo necessário.
Arredondar o mínimo possível e o máximo necessário
Quando se trata de proteger ferramentas de prensa dobradeira, rolos de dobra ou endireitamento, é suficiente garantir que eles estejam livres de rebarbas. As folhas devem estar livres de rebarbas antes de serem dobradas ou endireitadas. Entretanto, o arredondamento não é necessário, pois os rolos de endireitamento só podem ser danificados ou desgastados por rebarbas salientes. Também é suficiente que as peças que serão usinadas posteriormente estejam livres de rebarbas. As ferramentas de torneamento e fresamento podem ser danificadas por rebarbas se entrarem em contato com elas.
Quando se trata de eliminar ferimentos de corte, a experiência mostra que uma remoção de 1/10 mm na borda é suficiente. Até mesmo uma luva de laboratório, uma mangueira pneumática ou um cabo que entra em contato com uma borda e é puxado sobre ela não deve mais ser danificado, mesmo com um arredondamento muito pequeno na faixa de 1/10 mm.
Um exemplo prático
Uma empresa de engenharia mecânica recebe reclamações porque as mangueiras pneumáticas foram danificadas quando foram colocadas sobre a borda afiada e não rebarbada de uma chapa metálica. Eles perguntaram no mercado e perceberam que existem máquinas que podem aplicar um raio de 0,7 mm a uma chapa de 6 mm de VA. Desde então, o desenho contém exatamente essas informações sem nunca ter verificado qual arredondamento é realmente necessário do ponto de vista técnico.
Infelizmente, a prática mostra que essas especificações de desenho raramente são "canceladas". Isso pode ser demorado e caro devido à taxa de remoção desnecessariamente alta. Como regra geral, um teste prático fornece informações sobre os requisitos reais para a borda da chapa.
A situação se torna muito mais complexa quando se trata de preparar um revestimento. Os fatores de influência são complexos. A começar pelo tipo de revestimento (KTL, pó, tinta úmida), o tipo e a qualidade do material da tinta, os parâmetros do sistema, como pré-tratamento, tempo de secagem ou temperatura de cura e a localização subsequente do produto. Juntamente com o raio da borda, esses fatores de influência determinam a duração da proteção contra corrosão.
Por fim, devem ser realizados testes para determinar por quanto tempo a proteção contra corrosão pode ser estendida por um determinado arredondamento. Nesses testes, todos os outros fatores de influência devem permanecer inalterados.
Revestimento confiável a partir de um arredondamento de 0,5 mm.
O "Teste de névoa salina neutra NSS de acordo com a DIN EN ISO 9227:2017" é geralmente usado como método para testar a proteção contra corrosão. A progressão da corrosão ao longo do tempo é analisada (geralmente em uma comparação de várias amostras). Além disso, podem ser feitas seções transversais para visualizar o quanto a espessura do revestimento muda, a fim de medir o arredondamento da amostra (retrospectivamente, se necessário). Essas amostras também facilitam o reconhecimento de que a forma do raio influencia a espessura do revestimento. No caso de arredondamento assimétrico, a espessura do revestimento diminui no ponto com a curvatura mais forte. Portanto, pode-se presumir que um raio uniforme é a forma ideal de arredondamento de borda.
Essas descobertas resultaram em padrões (por exemplo, para construção em aço ou offshore), que exigem raios de 2,0 mm ou mais nas bordas da chapa para determinados componentes. No entanto, inúmeras aplicações práticas mostraram que uma boa adesão da tinta é frequentemente obtida com um arredondamento de 0,5 mm na chapa metálica. Como a taxa de remoção e, portanto, os custos da ferramenta aumentam desproporcionalmente com o aumento do raio da borda, é importante que o usuário encontre a medida certa para um arredondamento confiável e econômico. Ou seja: o mínimo possível e o máximo necessário.
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